1.2.4. Ligados. Ornamentos.
34.
Os ligados úteis são os que nos obrigam a formar frases musicais. Já os demais
(os puramente mecânicos) é necessário tirá-los ou, se não se pode, compensá-los
com a tímbrica (para que não se perceba a imposição mecânica sobre a
musicalidade).
35.
Os grupetos românticos são mais sensuais, mais lentos, quase sem tocar a nota
inicial. Os grupetos barrocos são mais abstratos, mais rápidos e com mais
acentuação na nota inicial.
36.
Geralmente podemos interpretar os grupetos atrasando um pouco seu começo e
acelerando progressivamente para recuperar o tempo “roubado” do início.
37.
Após um mordente, que costuma terminar com um inevitável ruidinho, vibrar um
pouco a última nota, para disfarçar.
38.
Apoggiaturas: acentuar a apoggiatura e piano para a resolução. Ainda melhor: em
vez de acentuar, deixá-la mais interessante, vibrando-a na segunda metade da
nota.
39.
Grupetos longos (quatro ou mais notas): não atacar forte a nota inicial; esse
ataque forte costuma ser devido ao “medo de perder som”, mas é um absurdo: o
som vai se renovando a cada ligado. A única coisa que conseguimos com isso é
desequilibrar o grupeto.
40.
Digitação aconselhada para os trinados a duas cordas: a-i-m-p, tocando a e m na
corda mais aguda.
41.
Se num trinado está indicado um crescendo e não é possível fazê-lo, devido a
estarmos fazendo-o em uma corda só: fazer um ligeiro acelerando, pois o efeito
sonoro, ao aumentar o interesse, compensará a carência.
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