1.2.3. Vibrato
23.
O vibrato é um dos principais efeitos expressivos do violão, no entanto, a
maioria dos violonistas o realiza de forma intuitiva, e não é comum encontrar
nos métodos um estudo sistemático de como praticá-lo. Particularmente, me
dediquei muito ao estudo do vibrato, talvez por minha formação inicial como
violinista.
24.
Evitar o “vibrato nervoso descontrolado”: praticar com metrônomo. Pode-se
começar colocando a 60 BPM e tocar notas longas com duas oscilações por
pulsação.
25.
Praticando o vibrato como indicamos no ponto anterior, podemos ir aumentando
progressivamente a velocidade, sem alterar demasiadamente a posição da mão, até
chegar a 120 BPM para um vibrato tranqüilo, e 160 BPM para um vibrato intenso.
26.
Para mais força e maior controle, pode colocar-se dois dedos para fazer o
vibrato.
27.
Quando a música nos pede um vibrato e temos uma posição com pestana, é
aconselhável soltar a pestana (se possível) e não vibrar imediatamente, mas um
pouco atrasado e mais devagar.
28.
Planificar numa obra o emprego de vibratos em diferentes velocidades, ou seja,
determinar um “esquema de vibratos” e não abusar deste recurso.
29.
Quando se deseja fazer uma nota mais alegre (principalmente as agudas): vibrar
um pouco mais rápido.
30.
Numa nota rápida não se pode fazer um vibrato lento: não dá tempo e soa como se
houvéssemos desafinado.
31.
Se não podemos manter um som agudo no canto, devemos vibrá-lo em pianíssimo com
uma nota bastante redonda e atrair depois a atenção para o baixo ou outra voz.
A nota aguda ficará “soando” na memória do ouvinte.
32.
Pode fazer-se um pequeno drama em uma nota culminante da frase vibrando-a, e
para acentuar a expressão, suspender momentaneamente o tempo, mas isso tem que
ser feito de forma muito sutil: imaginemos que ao atirar um objeto para cima,
há um momento em que ele fica imóvel antes de começar a cair.
33.
O vibrato na melodia é uma “arma musical” para atrair a atenção. Se o usamos de
forma exagerada, deixa de ter efeito.
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