165 Conselhos de David Russell
1.2. Mão esquerda
1.2.1 Traslado longitudinal
12.
Não acentuar a nota inicial após um traslado longitudinal, a não ser que a
musicalidade assim o peça. Muitas vezes se acentua uma nota por razões
puramente mecânicas, num momento que musicalmente não é desejado.
13.
É melhor aceitar que “se vai chegar tarde” após um deslocamento
(desplazamiento) muito difícil, que encurtar a nota anterior para ter mais
tempo para a troca de posição, pois no segundo caso, estaríamos chamando a
atenção do público precisamente para o ponto mais difícil.
14.
Quando é necessário cortar uma nota, é melhor tocá-la piano, vibrá-la um pouco,
e tocar um pouco mais forte a nota que retoma a frase, mas nunca acentuar a
nota que será cortada, se musicalmente não for necessário.
15.
Se for inevitável cortar uma nota, procurar uma maneira de justificar
musicalmente: sustentar (com vibrato) a nota anterior ou, ainda melhor, ir
preparando o corte com um rallentando que vá deixando espaço entre as notas,
como se estivesse nos avisando que a nota do corte vai demorar a chegar.
16.
Para disfarçar os traslados longitudinais, diminuendo, mas a tempo: evitar o
impulso de acelerar para passar mais rápido pela dificuldade, pois assim só
conseguiríamos, ao acelerar, chamar a atenção do público para a dificuldade.
17.
Terças consecutivas nas cordas agudas: evitar deslocamentos contínuos. Mover o
polegar apenas quando for necessário, procurando (e memorizando) os pontos de
apoio, de modo que seja possível que cada ponto sirva para duas terças.
Considerar e planificar os lugares mais adequados para situar os inevitáveis
cortes de som.
18.
Se há uma nota repetida antes de um deslocamento, não repetir com o mesmo dedo,
mas substituir o segundo dedo por um que favoreça o deslocamento que se
seguirá.
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