CURSOS LIVRES DE MÚSICA

segunda-feira, 20 de julho de 2015

A polêmica sobre cantor Thalles Roberto - queda ou ascensão?

           Não estou aqui para julgar ninguém, tão menos ficar declamando textos bíblicos para condenar este ou aquele, quero apenas dar minha opinião da maneira mais ética possível, utilizando apenas o BOM SENSO. Mas fato é que não houve nas redes sociais neste fim de semana outro assunto que não fosse a repercussão de um vídeo onde o cantor evangélico Thalles Roberto dizia que iria “mudar de mercado” ou, num português mais direto, abandonar a música gospel e se juntar aos grandes da música secular. Não é a primeira vez que o cantor encabeça polêmica na comunidade evangélica; tudo por conta do seu modo de pensar o evangelho diferente de seus iguais. Mas desta vez a coisa foi séria.
            Antes de continuar, é importante fazer algumas ressalvas. Nos últimos anos, o mercado da música gospel tem crescido vertiginosamente, com certeza há de crescer mais. O último recenseamento do IBGE apontou que mais de 30% da população brasileira é evangélico, um grande salto em comparação da contagem anterior. A música gospel também se transformou radicalmente, criando um mercado tão amplo e competitivo como o do mercado da música popular. Há grandes gravadoras cristãs, distribuidoras, agenciadores, empresários, um catálogo extenso de artistas, rádios e TVs, uma rede que movimenta milhões de reais por ano. Resumindo: a música gospel, hoje, é mais um filão - e promissor! - da indústria fonográfica brasileira.
            A música, além de ser uma forma artística, é também uma profissão como qualquer outro. Fico admirado em ver fieis maldizendo estes artistas (para estes levitas) pelo alto cachê que recebem por shows. Imagino que, como levitas, estes artistas não têm necessidades a serem supridas como alimentação, vestuário, moradia e, porque não, mordomias, afinal somos todos filhos de Deus.
            Voltando ao Thalles; num primeiro momento não vejo mal nenhum ele migrar da música gospel para música secular, com tanto que não perca o foco e encare a música apenas como uma forma de cuidar da família. Mesmo assim deve tomar cuidado, sua vida pessoal e profissional será muito mais vigiada por aqueles que lhe aguardam um baita tropeço só para ter o gostinho de dizer “eu não disse!” Também, faz parte do BUSINESS.
            Mas assistindo o vídeo que gerou tal indignação entre os seus fãs e a comunidade evangélica, acabei concordando com aqueles que o criticaram. Vi um cara totalmente exagerado, equivocado, mal agradecido e muito cheio de si.  Praticamente ele destruiu toda uma carreira para iniciar outra do zero. Disse absurdos, humilhou seu público, rebaixou seus colegas do meio musical a “fracos” e medíocres, pois, apenas ele, Thalles Roberto, tem o tino para a coisa.

Bem, no meu ver, ou foi um erro de marketing terrível ou o cara está embriagado com o seu enorme ego. Será sua queda ou a ascensão? Será que irá se repetir mais uma vez a história do Filho Pródigo? Não sei, vamos esperar as cenas do próximo capítulo. 

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